A luz pisca e se apaga: façam-se as sombras!
O arrepio percorre a espinha,
O medo já se faz, em suma; você grita, que será?
É o terror ou fantasia minha,
O alívio do sonho ou pesadelo na penumbra?
Hórrida noite, noite longa,
De um absoluto escuro,
Coberta pelas trevas sepulcrais; que se alonga
Durante a madrugada, e eu juro
Que mais funesta, até agora, não vi jamais.
E aquelas criaturas,
Engendradas da (própria) noite, como se sabe,
Vêm à vida, agora, e clamam, ademais; pelas ruas,
Becos e nichos, da cidade
Sangue e almas, até não poder mais...
Os gárgulas nas árvores,
Os seres podres, cadáveres exumados,
Os Vampiros e seus iguais; Demônios e Lobisomens,
Inumanos e medonhos, fantasmas exorcisados,
Rastejam e vomitam, nas trevas infinitas, sem paz...
Saem dos lugares mais profundos,
Do imo da escuridão, dos fundos dos esgotos,
Da televisão e dos portais; Zumbis, almas penadas,
Querem possuir, mentes e corpos,
Sacrílegos decompostos, insanos canibais!
No silêncio uma prece faço, só estou, e desarmado;
Queira Deus que lutar eu possa,
Até nos aposentos dos umbrais; De noite ou de dia,
Preparo a estaca, a bala de prata, não importa,
E que meu verbo seja o mais poderoso dentre os mortais!
E enquanto a madrugada avança,
Os ponteiros se adiantam, a tétrica escuridão descerra,
Nas horas mortas espero; Ou o clarão da aurora,
Ou a tumba que me espera, e a noite soturna continua e continua,
Mistérios?
“A Noite é cheia de mistérios”.
2 comentários:
Oiiiiiii Fê!!!!
Realmente muito linda sua poesia!!!!
Parabéns, porque vc não coloca esta poesia, como primeira pagina de seu proxímo livro??
Bjos
É uma boa ideia... quem sabe?
Bjos e volte sempre!
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