domingo, 25 de janeiro de 2009

São Paulo - poesia concreta


Peço vênia aos leitores deste blog para inserir, neste 25/01, aniversário da minha querida Sampa, uma poesia que fiz sobre a cidade em 2002 e que entrou, reduzida, na coletânea São Paulo - Uma Metrópole de Palavra, de vários autores, da Ed. Litteris. A versão original, que aqui apresento, é longa, mas nada que demore 455 anos. Aqui está, pois:


Da alta floresta verde que vejo no alto

Do prédio do Banespa,

À floresta cinza de aço e concreto que observo

Abaixo e à frente

Contemplo o Centro

Cidade de São Paulo

Templo:

Econômico

Industrial

Cultural

Multirracial

Multinacional

Quase religioso, quase uma religião

Para mim.

São Paulo, sinto-a

Inteira, vendo-a daqui de cima

Como um general olhando para uma cidade dominada

Que, se Deus quiser,

Não será dominada jamais!

Mas sim dominante, sempre.

(Nom dvcor, dvco)

Do Viaduto do Chá (que vejo),

Outrora passeava o café

e seus barões

Na Barão

De Itapetininga

(que é logo ali, em frente)

E também observo, enlevado

Como num sonho, extasiado

O verde vale do Anhangabaú

Um oásis no meio de uma miragem real

Feita de cimento e asfalto.

(e um revoar de pombos jubila-me a alma)

Dali, vou até o "Theatro Mvnicipal"

O melhor palco

No maior dos cenários

(Do Brasil!)

Não sem antes ver o monumento

E atravessar a Rua Xavier de Toledo

Saudado por uma multidão de motoboys.

Do "Theatro" à 24 (de Maio)

É um pulo

Com coturno

Em outro templo

Desta vez, do Rock And Roll

Como um pombo imaginário,

Tal qual daqueles que sobrevoaram

O Vale do Anhangabaú dos meus sonhos

Eu também dou um rasante

Na Galeria do Rock:

Punk Rockers, Headbangers e até mesmo Rock-A-Billy's

Vão ali para se saciar

Bebendo água da mesma fonte.

Dou uma guinada à direita, e mais

Um pouco à frente

Vejo nosso "Empire State Building"

O (outro) prédio do Banespa

Orgulho Paulistano

(e do Banco Santander...)

À esquerda, o Mosteiro de S. Bento

Lugar dos sagrados Cantos Gregorianos

Paz e tranquilidade perto do Marco Zero

O Pátio do Colégio



Catedral Metropolitana

Metrô

R. Direita

Largo de S. Francisco (onde ele estudou)

Bolsa de Valores

Ih, meu, é tanta coisa, tanta coisa

Tantos lugares aonde ir

E coisas a fazer

Que o poeta até fica sem fôlego

Para descrever tudo que quer ver.

Volto para onde estava

Me espremo um pouco à direita de onde estava

E consigo divisar o relógio do Itaú

Que me alertou: já são sete e dez de vésper,

Vinte e um graus

- anoitece!

São Paulo by night

Noite agradável de agosto

Na cidade divinal

Que nunca dorme.

(lugar das grandes farras!)

E nessa mesma direção observo

Abaixo, a Avenida 9 de Julho

E acima, agulhas pulsantes de metal

Que me fazem sorrir em pensamento:

Lá é a Avenida Paulista...

"Onde as torres apontam o céu

E nossos espíritos são livres".

E assombro-me

Ao ver a multidão lá embaixo (de dia):

Um frêmito de entusiasmo e orgulho

Percorre todo o meu corpo,

Ao sentir a verve adrenalínica

Que existe nas veias dos paulistanos

E nas ruas da cidade,

Em alto contraste e em alto relevo

Com os seus desérticos paços verspertinos.

(A sirene de uma viatura solitária

e o efeito Dooooooooppler...)

São essas pessoas

Sistema circulatório da cidade

Que fazem a vida acontecer

Lá embaixo

Com seus dramas, paixões,

Grandes romances

E alguns colóquios

Lícitos ou ilícitos

Que começaram assim

Singelos

Como esta poesia

(E também como alguns namoros, he he!)

Por fim, olho para o céu

Firmamento já nublado, garoando

Tipicamente paulistano

E sorrio, feliz (pensando e divagando):

"Vejo a minha cidade

A Cidade de São Paulo

Que agora jaz aos meus pés, inerte

Da janela do Hotel Othon Palace

Quarto 1607".

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E para não perder o costume, vejo que Tobe Hooper, o aclamado diretor, completa hoje 66 anos. Seu segundo filme já foi "O Massacre da Serra Elétrica", um puta clássico, insano, que foi censurado na época, mas inspirou dezenas de outros. Depois vieram Eaten Alive, Funhouse e a consagração com "Poltergeist" (junto com Spielberg). Outros filmes incluem "Trilogia do Terror" (Body Bags), "Mangler - O Grito de Terror", além de episódios de Contos da Cripta, Freddy's Nightmares e Amazing Stories. De acordo com o IMDB, Tobe Hooper neste ano está filmando From A Buick 8, um filme baseado numa obra de Stephen King (aqui no Brasil o título foi abreviado para Buick 8). Neste vai ter que se esforçar, pois o livro não é dos mais inspirados de SK. Mas esta é uma característica de Tobe Hooper: ele nunca se desviou do Terror e do cinema fantástico, ao contrário de outros, como Peter Jackson, que fez memoráveis splatters como "Fome Animal" e "Trash - Náusea Total" e logo depois foi sugado pelo esquemão dos grandes estúdios, praticamente abandonando o gênero. Vida longa à Tobe Hooper!


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Wednesday 13 - "Till Death Do Us Party"


Whoooa, ooo,
whoooa, ooo, whoooa, ooo,
Whoooa, ooo, whoooa, ooo, whoooa, ooo

It's Friday, and everything is great
And my stupid friends got a dumb idea
Gonna go down to the lake
And we don't care about the stories we've heard
And we're too damn dumb to realize
That we're never going to return

And soon enough we're gonna meet Voorhees
We might as well write it on our heads
Come and kill us please

Hey you don't be late
Till death do us party right here on Crystal Lake

Hey you don't be late
Till death do us party right here on Crystal Lake


Whoooa, ooo, whoooa, ooo, whoooa, ooo

We got everything that we need
Let's go skinny dipping
Drink some beer and don't forget the weed
And have your brain at the door
'Cause where we're going
You won't even need it anymore

And soon enough we're gonna meet Voorhees
We might as well write it on our heads
Come and kill us please

Hey you don't be late
Till death do us party right here on Crystal Lake

Hey you don't be late
Till death do us party right here on Crystal Lake


We couldn't have planned it better
If we tried
We got nothing to lose, but our lives
T & A and an early grave
Well sigh me up
Now Jason's here in the nick of time
To fuck us all up

Hey you don't be late
Till death do us party right here on Crystal Lake


Hey you don't be late
Till death do us party right here on Crystal Lake

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Olha, a letra é excelente. Essa música poderia ser usada em algum filme de terror...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Jason, a "evolução"




Ainda sobre o Sexta-Feira 13, aqui estão todas as 'fases' de J. V., desde o 1º filme (no qual a mãe dele era a assassina) até Jason X - o tal do Über-Jason.

Prefiro o "3º Jason" (o primeiro onde ele usa a famosa máscara de hóquei) e o 6º (ainda sem Kane Hodder), com ligeira vantagem para este último. Qual o seu preferido?

A musa. A amante. A deusa



ASIA. ARGENTO.






Sorry, patroa.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sexta-Feira 13, parte 11



Pois é, meus amigos. Jason "Vurres", filho de Wilma "Vurres", irá voltar, numa sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009. Pelo que dizem, o filme não levará em conta o pífio e patético último episódio da série (o 'mudernoso' Jason X) e voltará ao Crystal Lake. Porém, o filme contará a vida de Jason antes dele ser o infame assassino da máscara de hóquei. Ou seja, outra prequel (arrrrghhhh!!!!). Essa foto acima já é do filme.

E Jason, infelizmente, não será interpretado por Kane Hodder, para desapontamento dos seus fãs, eu, inclusive (se bem que ele já está com 53 anos). Outras curiosidades? Jason voltará a mostrar as mãos (em alguns filmes elas eram cobertas por luvas) e irá CORRER (!) atrás das vítimas, ao invés de andar rápido, como sempre fazia. O ator-mirim que interpretará Jason quando pequeno, pelo que deu para ver da foto, é idêntico, coitado.



Será que essas informações irão se confirmar? É esperar pra ver. Apesar de toda a minha ojeriza já escancarada por prequels e coisas do tipo (como remakes mal-ajambrados), seria insensato de minha parte criticar um filme que nem ao menos estreou. Só depois poderei dizer minha opinião com mais consistência. Falando nisso, será que
My Bloody Valentine 3-D ( remake em 3ª dimensão de "Dia dos Namorados Macabro") é bom? Por essas bandas só chegará em 13 de março.

No mais, Jason voltou, meus amigos. Estamos fritos.



Informações e fotos pesquisadas do Google aqui.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Corujão


Filme de ontem: "Psicose IV - A Revelação". Tem bons momentos, aqui e acolá, e a
presença sempre forte de Anthony Perkins, num de seus últimos filmes. Mas neste, o foco é mais na relação que Norman Bates tinha com sua mãe, interpretada por Olivia Hussey (a Audra de It). O final é meio decepcionante, e o resultado é morno. Pode ser considerado uma prequel de Psicose. Acho que já falei tudo...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Não nos deixam


Vai o sujeito alugar filmes de terror. Na cabeça, planos mirabolantes de uma sessão com pipocas, refrigerantes, risadas, sustos e a garota que ama do lado. Sai de casa esperançoso, o dia está frio, nublado, excelente para um filme de terror debaixo das cobertas. O vento gelado bagunça seus cabelos; ele para, arruma o penteado no método dez dedos e acende um cigarro, já de novo a caminho da locadora. As ruas estão vazias e silenciosas, e ele canta uma canção baixinho, esperando mentalmente as delícias de um novo filme, se tiver muito sangue e vísceras melhor, pensa ele. Olha para as nuvens por um instante, procura chuva, mas não há sinais de precipitação. E segue caminhando.

A locadora fica a alguns quarteirões, numa esquina. O sujeito olha para os dois lados antes de atravessar, mas não vem carros. Tanto melhor. Apressa-se, ansioso, apaga o cigarro e o joga num desse lixos de rua com um rápido movimento dos dedos.

Entra na locadora. Vai direto na seção marcada"Suspense", mas
o sujeito não tem pressa; é metódico. Por que eles insistem em colocar "Suspense" se os filmes são de Terror, medita ele, pensando em diferenças fundamentais. Olha título por título, e pretende alugar muitos filmes. Toneladas deles. Bem, pelo menos uns seis, para uma sessão madrugada adentro. Era o que adorava fazer.

Finalmente, ele se decide. Vai pegando as capas, dá uma olhada no resumo na parte de trás, e vai ajeitando-as sob o braço. Ele exulta discretamente, relanceia os olhos uma última vez para as prateleiras, vendo se não esqueceu de algum, e vai para o caixa com um leve sorriso nos lábios, a grana já no bolso. É só felicidade.

Lá, uma coisa o faz perder totalmente o sorriso e a vontade de diversão: a funcionária do caixa, com uma expressão de gerente de banco que não cede empréstimos, não permite o sujeito levar aquela batelada de filmes. O motivo? É a sua primeira retirada ali naquela locadora. Ele só poderá alugar Apenas Dois. Se quiser. O sujeito acabrunha-se, a sessão perdida, a pipoca e os refrigerantes distantes. Não é a mesma coisa. De maneira nenhuma. Nunca será. Bate a decepção.

Esse sujeito sou eu.

Em nenhum outro tipo de estabelecimento comercial você é restringido a comprar, na sua primeira estada. E também não devia ser em um lugar que você faz uma ficha com seus dados pessoais. Sim, eu sei que é uma questão de segurança, embora não entenda direito, pois um ladrão não se importaria de levar um e logo na segunda vez levar quantos quiser, já que para isso ele precisou fornecer informações, e mesmo que fossem falsas, a locadoria ficaria desfalcada de qualquer jeito. Sim, eu sei que é uma questão de confiança recíproca, você aluga pouco, você devolve, eles acreditam em você, e nada proíba que uma pessoa possa alugar muitos e não devolver na segunda vez.
E se é prestação de serviços, por que não prestam o serviço direito, autorizando o cliente a alugar quantos pequenos prazeres quiser? Além do mais, algumas lojas cobram os olhos da cara e você fica pouco tempo com os DVD's.

Eu sei de tudo isso. Mas mesmo assim é chato, oras.

Sei lá. Às vezes acho que faço uma tempestade em copo d'água. Que me irrito por pouco. Pode ser. Quem sabe.

Eu queria levar, mas não nos deixam levar quantos quiser da primeira vez. Eles lucrariam com isso, mas não deixaram.
Paciência. Eu só queria saber o porquê, um motivo mais razoável. Não gostei. Não gosto disso. Enfim. Vida que segue. Fui embora da locadora. No caminho de volta, a garoa cai.

Porque há remakes e remakes...


Antirrefilmagens - sim, essa já pode ser com as novas regras - para clássicos do Horror. Ponto. Nenhuma em especial, só estou afirmando. De cabeça, lembro de uma boa: "A Noite dos Mortos-Vivos", de 91, remake quase cena por cena do original de 68. De resto, mais nada.

Prequels (pré-sequências, como Exorcista - O Início), idem.

Prefiro os originais.

Ah, essa nova ortografia...


Como ficará? Mortos-Vivos, Mortosvivos, Mortos Vivos?... Bom, até sair o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), previsto para fevereiro, fiquemos ainda com Mortos-Vivos. Malditos hífens...